top of page
Reabilitação: ProGallery_Widget

Reabilitação – Edifício de Restauração e Habitação Unifamiliar

O Projeto de Reabilitação incidiu sobre um edifício devoluto de uso misto - comercial e habitacional, que careceu de aprovação junto da Direção Geral do Património Cultural (DGPC).

Contemplando o diagnóstico, levantamento e avaliação do estado de conservação de um imóvel de dois pisos com sótão, situado na freguesia e concelho da Moita, mais concretamente numa zona especial de proteção (ZEP) de acordo com a Portaria n.º 74/2012 de 26 de março, que abrange o núcleo urbano antigo da vila da Moita, onde apesar da existência de alguns imóveis dissonantes, subsiste ainda uma unidade de conjunto, razoavelmente bem preservada e com as caraterísticas típicas das povoações ribeirinhas da margem sul do Tejo.

O edifício em análise datado de 1948, com uma área de implantação de 58.76m2, implanta-se num lote de gaveto, sendo o principal objetivo deste desafiante trabalho proceder à reabilitação/alteração do edifício mantendo os seus usos atuais de comércio e/ou serviços no piso térreo e habitação no piso superior.

O edifício insere-se no núcleo urbano ribeirinho definido por uma sequência de quarteirões mais ou menos irregulares em torno da Praça República, onde podemos encontrar edifícios de 2 e 3 pisos, como também, edifícios térreos.

Segundo o Plano Diretor Municipal da Moita (PDMM), mais concretamente a sua planta de ordenamento, a localização do edifício é abrangida pela Secção I – Solos Urbanizados, mais concretamente nos Espaços Habitacionais Existentes (art.º 28º) e é abrangido pela zona Tipo E. Enquadrando-se também, numa das de cinco Áreas de Reabilitação Urbana no concelho da Moita, nomeadamente na ARU da Moita, tendo como principais objetivos:

  •  regeneração do tecido urbano do centro da Moita;

  •  melhorar as condições de habitabilidade e de funcionalidade do parque edificado urbano e dos espaços não edificados;

  •  promover a recuperação dos espaços urbanos funcionalmente obsoletos, promovendo o seu potencial para atrair funções urbanas inovadoras e competitivas;

  •  promover a reabilitação dos edifícios que se encontram degradados ou funcionalmente inadequados;

  •  promover a substituição dos edifícios que se encontrem em ruínas;

  •  fomentar a adoção de critérios de eficiência energética em edifícios públicos e privados.


Encontrando-se atualmente devoluto, desenvolve-se em 2 pisos com sótão, e apresenta um uso diferente em cada piso. No piso térreo temos 2 espaços vocacionados para o uso comercial, onde podíamos encontrar uma peixaria e uma loja (antiga barbearia). No piso superior de uso habitacional existe um espaço muito compartimentado de áreas pequenas e que se estendia ao sótão como uso habitacional, conforme referido na caderneta predial.

Assim, exteriormente a proposta essencialmente consistiu na conservação da fachada, apesar de existirem alterações pontuais, que procuraram trazer qualidade espacial à solução proposta, nomeadamente no piso térreo a transformação de um vão de porta em janela; no piso 1 um vão de janela em porta de sacada com varanda conjunta; ao nível da cobertura, a reutilização do sótão, deu origem a 2 vãos de sacada, seguindo a métrica exterior do edifício e sua envolvente.

O desenho interior proposto para o edifício, apresenta uma configuração regular, com conversão espacial para restauração no piso térreo e mantendo o uso habitacional no piso 1, que na proposta se expandiu para o sótão, procurando trazer a ocupação do edifico às suas origens. Em relação aos acessos do edifício, apesar de relocalizados na proposta mantêm-se independentes para cada um dos espaços.

Especificamente, no piso térreo a proposta contempla a criação de um restaurante-bar, composto por zona de refeições, cozinha e instalação sanitária (adaptada a pessoas com mobilidade condicionada), e no piso 1, localiza-se a habitação composta por sala, cozinha, 3 quartos e 2 instalações sanitárias.


A distribuição interior dos espaços procurou tirar partido dos vãos exteriores existentes, com o intuito de trazer luz natural aos espaços, procurando criar espaços harmoniosos e cuidados.

Ao nível do pé-direito, o espaço para restauração apresenta 2.70m de altura de pé-direito livre e no espaço habitacional 2.40m.

A proposta não altera estruturalmente o existente, mas sim, adapta-o à nova distribuição espacial e consolida a intervenção de espaço interior. Neste sentido, a preocupação foi manter a pré-existência ao nível estrutural e de composição das fachadas, mas procurando criar um espaço interior que responda às necessidades atuais trazendo assim uma mais-valia para este território da vila.

Reabilitação: Citação

969590757

  • Facebook
  • Instagram

©2019 created by JMarq. arquitetura & design
Todo o conteúdo é propriedade intelectual da JMarq. e dos seus autores, não podendo ser reproduzida, alterada ou usada para outros fins, sem autorização expressa dos mesmos. Qualquer utilização abusiva está sujeita ao regime legal de proteção dos direitos de autor e da propriedade industrial.

bottom of page