– Casa 10 – Habitação Unifamiliar

A moradia “Casa 10” situa-se num loteamento no Penteado – Moita e pretendeu responder ao programa de ocupação estabelecido pelo dono-de-obra.

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Foi solicitada a criação de uma moradia térrea com linhas contemporâneas e cores sóbrias, integrada num lote plano com uma área de 625.00m2.

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A moradia de tipologia V3 desenvolve-se em piso térreo com 179.30m2 de implantação, tendo a sua planta um formato em “U” resultado da premissa de ser térrea, da função programática, das condicionantes de dimensão e polígono de implantação do lote, mas, sobretudo da sua exposição solar.

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Sensível ao conceito lançado pelo cliente, onde a palavra-chave era a “privacidade”, passando pela natureza e forma do lote, orientação solar e a importância de desfrutar de uma área de lazer exterior, o projeto estabeleceu uma relação funcional entre os espaços, proporcionando uma ligação privilegiada do interior com o espaço exterior, onde podemos encontrar a piscina e o jardim.

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Ao nível do interior, o espaço social é composto por uma sala com pé-direito generoso de 3.45m, área de refeições e cozinha, o pé direito elevado confere-lhe a centralidade e importância que esta divisão representa na solução apresentada.

Indo ao encontro da intenção do dono-de-obra em usufruir de um espaço onde possa receber convidados e que a confeção de alimentos, na cozinha, fosse uma área não só de trabalho, como também, de interações sociais, troca de experiências, em suma, um espaço acolhedor e de relação privilegiada com o exterior.

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A solução proposta resultou da junção e subtração de volumes, bem como a interação entre os mesmos, onde a sala de estar e área de refeições usufruem de um generoso plano vítreo a emoldurar o espaço de lazer exterior.

Assim, surgiu uma composição arquitetónica onde a luz natural e a comunicação com o exterior são uma constante, o projeto desenvolvido abre toda a casa a sul e a poente para a piscina e para o jardim que se desenvolve em torno da mesma.

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De acordo com o enquadramento urbano do lote, a proposta apresenta uma frente com linhas simples, virada para a rua principal existente, a norte, onde se localiza a entrada na propriedade, e o restante desenvolvimento da habitação em abertura para sul e poente, deixando o espaço de passagem exterior a poente destinado à área de estacionamento.

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A composição das fachadas obedeceu a uma linguagem arquitetónica que se pretendia contemporânea, definida por um traçado linear e puro, desprovido de ornamentação, onde cor e textura dos materiais ajudam na definição dos diferentes planos.

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Os processos construtivos são os tradicionais, racionalizados e tecnicamente melhorados com a introdução de novos materiais em termos de isolamento térmico, acústico e de conservação energética.

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Pela configuração da proposta, existiu especial atenção no controlo da radiação solar excessiva através do sombreamento passivo dos vãos pelo exterior.

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Os envidraçados de maior dimensão estão protegidos com sistemas de sombreamento exterior passivo de forma a ser conseguido um eficiente rendimento energético do edifício e do controlo do nível de luminosidade durante a maior parte do dia solar.

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A estanquidade da envolvente exterior será assegurada pelo processo construtivo em sistema ETICS.

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A seleção dos diferentes materiais de revestimento interior e exterior teve com principais critérios o baixo impacto ambiental, quer de fabrico, quer da utilização dos mesmos e a concretização de uma maior uniformização entre as partes e sistematização do processo construtivo.